segunda-feira, 25 de julho de 2011

Como vivo

 Tenho habitado um mundo mítico alheio ao mundano. Vivo em retiro em um lugar sagrado que me permite uma clara diferenciação entre o divino e a vida social. Reconheço o sagrado nas atividades da vida, minha vida religiosa acontece aqui e agora. Se você me perguntar que filosofia eu vivo, é estar sempre atento, e reagir á fluidez e às mudanças que ocorrem dentro e fora desta entidade transitória chamada Di Paula. Sentir que sou um só com o mundo, e confiar nele, como eu conheço e confio em meu próprio ser. Aceitar o mistério, sem precisar fixá-lo, sem querer dar-lhe um nome. Agir sempre do meu âmago, doando-me e ofertando-me aos outros e às circunstâncias. Estou ciente de que a consciência volta-se para dentro de mim. Se quiser me perceber como ser cósmico, terei que descobrir a natureza de minha própria essência. A chave para a consciência está na capacidade de me integrar ao fluxo, ao processo. Considero-me um organismo completo - de qualidade única e singular - e me vejo como fator do processo, gerando energia. Elevo minha consciência a uma nova dimensão interior, tendo como denominador comum a posse de valores superiores aos comuns.
    Não tenho ódio nem aversão, nem apego tenho eu; nem cobiça nem ilusão. Não possuo egoísmo. Nenhum propósito mundano, nenhum desejo de qualquer espécie. Eu sou a espiritualidade e a beatitude, sempre pacífico e perfeito. Para mim não há morte, nem temor. Para mim não há discípulo. Sou forma que brilha com fulgor próprio e poderoso. Não sou criança, nem jovem, nem velho. Sou abençoado.

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